É indiscutível que em uma viagem pela América do Sul você estará diante de paisagens incríveis, sabores deliciosos e experiências únicas.
Além disso, poderia também falar horas e horas sobre cada uma das pessoas simpáticas e prestativas que já cruzaram o meu caminho durante minhas andanças pelo nosso continente.
Porém, hoje quero te contar sobre algumas situações não muitos agradáveis, mas que podem acontecer com você quando você for viajar pela América do Sul.
Algumas dessas roubadas podem ser evitadas ainda na hora que você estiver planejando a sua viagem. Outras, no entanto, mesmo que você saiba da sua existência, é bem difícil de prever se ela vai ou não acontecer contigo.
Ainda assim, independente disso, uma coisa é certa: saber que essas possibilidades existem te deixará mais preparado e seguro para sua viagem pela América do Sul.
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7 roubadas em uma viagem pela América do Sul
1- Viajar sem ter tomado a vacina contra febre amarela
2- Consumir alimentos e água contaminada
3- Mal de Altitude
4- Viajar para zonas de conflitos e lugares pouco seguros
5- Ficar sem dinheiro em espécie e depender 100% de um cartão
6- Ir à Patagônia durante inverno sem se planejar
7- Encontrar policiais corruptos
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1- Viajar sem ter tomado a vacina contra febre amarela
Acredite, você não deveria se preocupar em tomar a vacina contra febre amarela somente porque vai viajar ao exterior, e precisa apresentar um documento que comprove isso na hora da imigração.
Mas sim, porque de fato há muitas regiões na América do Sul (e no mundo), onde há grade risco de contaminação.
No nosso continente os lugares com mais casos de contágio são em regiões específicas da Bolívia, Equador, Paraguai, Peru, e até mesmo no Brasil. Você pode conferir quais são essas áreas nessa lista da Organização Mundial da Saúde.
A vacina contra febre amarela pode ser tomada gratuitamente nos postos de atendimento do SUS. Após tomá-la, é necessário ainda possuir o Certificado Internacional de Vacinação ou Profilaxia Contra Febre Amarela, emitido pela ANVISA.
Alguns postos de saúde, além de fornecer a vacina também emitem esse certificado, outros não. Nesse caso, procure alguma unidade dos Centros de Orientação à Saúde do Viajante (COV) para conseguir esse documento.
Vale lembrar também que a vacina deve ser tomada pelo menos 10 dias antes da sua data de embarque e que ela é válida para toda a vida.
Leia também: Vacina contra febre amarela é válida para toda a vida
2- Consumir alimentos e água contaminada
Nem todos os países latino-americanos tem um padrão de higiene muito rigoroso. Além disso, em alguns lugares é necessário ficar atento até com a suposta água mineral que você consome.
Na Bolívia, por exemplo, já ouvi histórias sobre vendedores ambulantes que vendem garrafinhas de água como sendo mineral, quando na realidade são torneiral.
Eu achava que jamais seria atingido por esse tipo de problema. Afinal, sabe aquela pessoa que come de tudo, em grande quantidade, em qualquer lugar e que – quase – nunca passa mal? Esse sou eu.
Porém, bastou uma lasanha borbulhante e aparentemente inofensiva, em Copacabana, na Bolívia, para que meu estômago começasse a dar os primeiros sinais de que ele não seria tão resistente como eu imaginava.
Tive tanta dor de barriga e febre que meu passeio pelo Lago Titicaca foi um desastre total. Aliás, tenho péssimas recordações quando me lembro dessa parte da viagem.
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3- Mal de Altitude
Confesso que eu achava que essa história de mal de altitude era mais lenda urbana do que realidade. No entanto, esse meu pensamento mudou logo no meu primeiro mochilão pela Bolívia e Peru, assim que cheguei a La Paz e seus 3.600 metros de altitude.
Era só caminhar poucos passos para que eu tivesse que fazer uma pausa de alguns segundos para dar aquela descansada básica. Tomar banho, me secar e trocar de roupa, também me exigia mais fôlego do que o habitual.
Esse foi o meu único sintoma do mal de altitude durante todo o mochilão, e por isso, não foi algo que realmente atrapalhou a minha viagem pela América do Sul.
Porém, saiba que ele pode vir acompanhado de outros efeitos, como por exemplo: dor de cabeça, enjoo, dificuldade para dormir e até sangramento nasal.
A dica mais importante para que você tente minimizar esses efeitos desagradáveis, na minha opinião, é fazer uma boa adaptação antes de começar a realizar atividades físicas que vão te exigir muito esforço.
Não faça caminhadas muito longas, evite tomar bebida alcoólica, coma alimentos de fácil digestão e tome bastante água.
Leia também: 8 erros que cometi no meu primeiro mochilão
4- Viajar para zonas de conflitos e lugares pouco seguros
Apesar de muitas pessoas terem uma opinião diferente da minha, eu acho bastante seguro viajar pela América do Sul.
É obvio que existem regiões que não são indicadas para os turistas, mas essas áreas quase nunca se tratam de um país inteiro. Muitas vezes, é apenas um estado, cidade, ou até mesmo bairro que devemos evitar.
Um país que serve de ótimo exemplo para esse tipo de situação é a Colômbia. Apesar da má fama relacionada a segurança, e de algumas regiões ainda terem a presença da FARC, de um modo geral é bem seguro viajar por lá.
Não à toa, o turismo vêem crescendo consideravelmente por lá.
5- Ficar sem dinheiro em espécie e depender 100% de um cartão
De todos os países que já viajei pela América do Sul, o Brasil é um dos poucos onde podemos pagar praticamente qualquer coisa que compramos com um cartão, seja ele de débito ou de crédito.
Apesar de ser bem aceito em grandes cidades e outros lugares turísticos, você pode ser surpreendido ao perceber que muitos locais ainda não aceitam essa forma de pagamento.
Pequenos estabelecimentos, restaurantes econômicos ou até mesmo grandes hostels, ainda não oferecem essa alternativa para que você pague a sua conta.
Isso sem falar nos pequenos vilarejos que não possuem nenhum banco ou caixa eletrônico. Nesses casos, planeje muito bem quais serão os seus gastos para que você já leve todo o dinheiro que precisará.
Leia também: Mochilão na América do Sul | 10 dicas essenciais
6- Ir à Patagônia durante inverno sem se planejar
A Patagônia é um dos lugares mais lindos que existem em toda a América do Sul. Suas paisagens são tão incríveis, que nunca vi nenhum viajante sequer botar defeito. Independente da época do ano que você visitá-la, sua beleza será surpreendente.
Mas que já fique o aviso: se for durante o inverno, planeje-se muito bem. Ou então você corre o risco de ter uma viagem pra lá de frustrante.
Os meses de maio a agosto é a baixa temporada na Patagônia. E apesar de ser uma boa época para quem quer ver neve e aproveitar preços mais baixos do que o verão, é necessário ter alguns cuidados com a organização da viagem.
Raramente você encontrará temperaturas acima dos 10 C, portanto, lembre-se de levar agasalho suficiente.
Além disso, muitos hostels, agências de viagem e restaurantes não abrem nessa época. Não deixe para reservar sua hospedagem e passeios na última hora. E sobre os passeios, nem todos estão disponíveis durante o inverno por causa do mal tempo.
Se for viajar de ônibus e carro até outras cidades, saiba que não é raro pistas ficarem interditadas devido a nevascas. Muitas vezes o tempo da sua viagem pode demorar mais do que o previsto.
Leia também: Quando ir à Patagônia | Clima e melhor época para viajar
7- Encontrar policiais corruptos
Apesar de serem minoria, o fato é que você pode sim cruzar com o caminho de algum policial corrupto durante uma viagem pela América do Sul.
Isso é mais comum para quem viaja de carro ou moto pela Argentina, Paraguai e Bolívia.
Normalmente, esses policiais alegam algum problema como excesso de velocidade ou falta de algum item obrigatório no se veículo, como por exemplo, selo de revisão ou alguma coisa do tipo. E que devido a tal infração, você receberá uma “multa” que deve ser paga na hora e em dinheiro.
Leia também: 7 sites para planejar uma viagem pela América Latina
# Dicas de viagem pela América do Sul
Para que você evite outras possíveis roubadas numa viagem pela América do Sul, deixarei a seguir algumas dicas que podem ajudar no seu planejamento.
Documentos
Além do certificado internacional de vacinação contra febre amarela, lembre-se de que você precisa levar um documento válido. E, caso você vá para Argentina, Bolívia, Chile, Colômbia, Equador, Paraguai, Peru, Uruguai ou Venezuela, este documento pode ser a nossa certeira de identidade (RG). Fique atento, porém, pois ele deve estar em bom estado de conservação e você deve ser facilmente reconhecido na foto.
Outra providência que você deve tomar é contratar um seguro viagem. Para entender melhor sobre o assunto, leia o texto “Seguro viagem pela América do Sul | Dicas indispensáveis”.
Quando ir
Impossível generalizar sobre qual a melhor época para uma viagem pela América do Sul, afinal, é preciso levar em conta as características da cidade que você pretende visitar.
Para que você entenda quais os meses mais adequados para viajar pelos principais destinos do nosso continente, recomendo que leia o texto “Qual a melhor época para viajar pela América do Sul ?”.
Câmbio
Uma das poucas certezas sobre câmbio durante uma viagem pela América do Sul, é: comprar as moedas dos países vizinhos no território brasileiro, (quase) nunca é uma boa ideia. Isso porque, estas moedas são pouco comercializadas, e o valor de cotação normalmente é bem ruim.
Portanto, caso você pretenda levar dinheiro em espécie, sempre dê preferência por dólares ou reais. Ainda assim, é preciso analisar o destino em questão para sabermos qual moeda costuma ser mais vantagem.
Em lugares extremamente turísticos e caros, como Patagônia e Atacama, o valor de troca do real costuma ser fraco. Por outro lado, nas grandes cidades, como Buenos Aires, Montevidéu, Lima, Bogotá e Santiago, o real costuma ter uma boa cotação.
De qualquer forma, com a situação econômica instável em todo o continente, o ideal é que você consulte os valores de câmbio nas datas próximas a sua viagem.
A exceção da regra não compre moedas de países vizinhos no Brasil fica por conta do Equador. Como o dinheiro que circula oficialmente por lá é justamente o dólar americano, neste caso, a melhor solução é chegar ao país com suas verdinhas em mãos.
Leia também: Qual moeda levar numa viagem pela América do Sul? (Real, dólar ou dinheiro local)
Roteiros
Das mil e uma possibilidades de roteiros de viagem pela América do Sul, talvez a dica mais importante que eu possa te dar, é: vá com calma.
Nosso território é imenso, e cada região costuma ter dezenas de cidades, sabores e histórias que merecem a nossa atenção. Eu sei que a vontade de tentar colocar tudo numa única viagem é enorme. Porém, querer incluir Colômbia, Chile e Uruguai num mesmo itinerário não costuma ser muito inteligente.
Sempre que quiser viajar por mais de um país na América do Sul, monte um roteiro por destinos que sejam relativamente próximos um dos outros, ou que ao menos não dificultará a logística do seu deslocamento.
Para entender quais destinos combinam num mesmo plano de viagem pela América do Sul, recomendo que leia o texto “7 roteiros de mochilão pela América do Sul”.
Evite também mais esta roubada na sua viagem pela América do Sul Não contratar um bom seguro para sua viagem pela América do Sul é um erro do qual você não gostará de se arrepender. Ainda mais quando descobrir que ele pode custar muito menos do que você imagina. Clique aqui e faça uma cotação online que compara os planos com melhor custo-benefício do mercado. E, se sua viagem já estiver com as datas definidas, contrate um plano agora mesmo para não esquecer (e se arrepender) depois. |
Estou indo para a Colômbia em dezembro estou me planejando para ir de carro, mas estive vendo que países como bolivia e Perú pela legislação não é permitido a entrada de carro com mais de 10 anos. Isso é verídico ou não?
Vejo diversos “canais de viajantes” que utilizam carros com muito mais que isso, como Kombi por exemplo.
Oi, Taís, tudo bem?
Infelizmente não sei te dar essa informação.
Desconheço as regras exatas para viajar de carro entre os países da América do Sul.
Abraço
Estou planejando uma viajem de carro até o Mexico, mas estou com medo de ter muitos transtonos, tipo :
Na selva colombiana, encontros nada agradáveis com traficantes, acabar em trechos sem sinalização na Amazônia ou ser sequestrado por guerrilheiros.
No México, as áreas mais conflituosas do narcotráfico.
O que vc acha pela sua experiência
Olá Roberto, tudo bem?
Realmente, uma viagem de carro está sujeita a mais burocracia e exige um planejamento mais detalhado sobre quais rotas utilizar.
Além disso, deve-se atentar as situações atuais de cada país. Quando estive na América Central, em 2015, a situação política e econômica era bem mais estável do que atualmente.
Em todo caso, conheço muita gente que já fez essa rota de carro sem complicações de segurança!
Vou listar abaixo os perfis de alguns deles para que você possa pesquisar melhor sobre viagem de carro por estes lados, ok?!
– @shurastey_
– @travelandshare
– @viajologoexisto
São perfis no Instagram, mas o Viajo Logo Existo e Travel and Share também têm canal no Youtube!
Abraço
Eu fui para Cartagena em abril de 2018, comi comidas deliciosas e não passei mal, e olha que sou fraca para o rolê! Até o suco puro limão deles tomei e nada! E aqueles bunuelos, o que dizer? Tenho saudades até hoje…
A única coisa desagradabilíssima são as massagistas nas praias! Senhor! Paguei o equivalente a uns 150 reais em uma massagem (deliciosa) que não valia 10 reais. Dica: não deixem a massagista nem colocar a mão em seus pés, porque a partir disso ela já te cobra, e bem!
Oi Elisangela, tudo bem?
Que bom que deu tudo certo com a alimentação! =)
E muito obrigado por dividir sua experiência.
Abraço
Minha roubada foi com o mal da altitude, desci em cusco e senti logo dor de cabeça.
Passei 4 dias lá sofrendo de dor de cabeça, não teve chá que resolvesse, Mas curti tudo assim mesmo.
Oi Maria, tudo bem?
Eitaaa… que perrengue hein?!
Mas que bom que conseguiu aproveitar mesmo assim!
Abração
O Taxi em Buenos Aires é sempre um problema, fiquei super atenta quando fui, mas ainda assim um taxista nos roubou uma nota de 100 dizendo que estava rasgada.enfim, ainda acontece muito, mas fora isso nao tive nenhum outro problema, e BSB é lindaaaa….
Oi Sara, tudo bem?
Realmente… Apesar de ter melhorado, ainda é complicado!
Obrigado por compartilhar a sua experiência!
Abração
Ano passado em Santiago no Chile perdi 1 mIl reais num golpe de uma quadrilha. Fui abordado na saida de uma casa de cambio enquanto fazia cotacao em varias. Um menina me falou q no predio em frente tinha uma casa de cambio q trocava um valor muito melhor. Me falou o valor e era muito bom. Ela pediu para acompanha la. Subi duas escadas e notei q em cada andar tinha um cara nos cuidando e percebi q poderia estar entrando numa enrascada. Quando chegamos no segundo andar ti ha um senhor atendendo outro na porta de uma sala, aparentemente fazendo cambio e pediu para eu esperar. Os dois comparsas estavam fazendo de conta que estavam numa operacao verdadeira. Quando terminou e veio me atender perguntou pelo valor q queria trocar. Neste instante a moca que me trouxe saiu de fininho pela escada e desapareceu. Falei que ia trocar so 100 reais. Ele me ameacou dizendo q se eu estava fazendo ele perder tempo seria pior. O minimo eram 1000 reais. No fundo do corredor estava um dos caras que estavam vigiando. Dei dinheiro. Ele mandou esperar. entrou na sala e depois percebi que ele tinha saido por outra porta. O vigia desapareceu. Quando fui atras todos sumiram. Como vinha percebendo cai num golpe de uma quadrilha. Fui dar queixa na policia na rua. Me falaram para ir no departamento mas que aquilo era comum.
Caraca… Surreal, Fabio!!!
Obrigado por compartilhar conosco! xD
Abração!
Olá Murillo
Parabéns pela sua página!
Em 2018 fiz um cruzeiro para Argentina e Uruguai , fiz a solicitação do cartão Internacional com minha conta no Itaú (um dia antes da viagem, liguei para confirmar e tudo estava Ok) mas ao descer nas cidades infelizmente meu cartão não foi aceito, dava bloqueado. Em alguns lugares aceitam o real$ mas foi bem chato pq não pude fazer compras.
Uma outra dica é confirmar o seguro de viagem . No meu caso contratei pela CVC mas a cobertura era mínima semente para malas , aí de última hora contratei via banco um seguro completo.
Obrigada e bons km de viagens!
Oi Silvania, tudo bem?
Que bacana, morro de vontade de fazer um cruzeiro mas ainda não me programei para isso!
Poxa, que chato a questão do cartão, ainda que bem que você tinha reais pelo menos para o básico!
E muito obrigado pela dica do seguro. =)
Abraço e boas viagens pra você também!
Tem q ter muito cuidado mesmo.fomos p mexico ano passado 2016.tudo lindo perfeito.ate retornamos p Brasil e depois de uma semana chegou uma mensagem no celular avisando q a compra nao tinha cido aprovada.clonaram nosso cartao e estavam tentando fazer compra no México ligamos p nossa gerente q na hora canselou o cartão.todo cuidado e pouco!!!!
Obrigado pelo alerta, Angela!
Abraço