Em um primeiro momento, um passeio de bicicleta no Atacama pode não soar como uma ideia brilhante. Afinal, o sol quente, o ar seco e a altitude da região não são as condições mais convidativas para uma aventura de bike.
No entanto, quem se dispõem a pedalar pelo Deserto do Atacama dificilmente se arrepende da experiência.
Aliás, muito pelo contrário. A maioria dos aspirantes a ciclistas de plantão – e até mesmo viajantes que não sobem numa bicicleta há anos – tendem a se apaixonar pela liberdade e paisagens que a atividade proporciona.
Como se não bastasse, quem faz um passeio de bicicleta no Atacama costuma ganhar ainda outro presente: cenários onde você não precisa disputar espaço com uma multidão.
Não que isso seja um problema. Porém, a sensação de estar no meio de uma imensidão de areia onde há pouquíssimas pessoas é incomparável.
E, para que você não caia em nenhuma roubada durante a sua viagem, neste post eu irei contar tudo o que você deve saber para se preparar adequadamente.
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# Como é o passeio de bicicleta pelo Atacama?
A primeira dica para quem quer andar de bicicleta no Deserto do Atacama, é: fazer essa trip com um guia é fundamental para que você aproveite ao máximo a aventura. Isso porque, indo com alguém que conheça de fato a região, você ganha tempo não ficando perdido, e ainda descobre cenários que dificilmente encontraria sozinho.
Ao menos pra mim, ficar pedalando em círculo e não encontrar paisagens tipo “uaaau” seria bastante chato.
Assim como todos os outros passeios que fiz no Atacama meu tour de bike foi com a galera da agência Fui Gostei Trips. E, caso eu volte ao deserto algum dia, sem dúvidas faria com eles novamente.
Optei pelo roteiro que explora a região do Catarpe, que inclui lugares como a Quebrada de Chulakao e a Garganta del Diablo.
Às 9hs da matina me encontrei com o guia do passeio para pegar uma magrela e iniciarmos a pedalada pelo deserto.
Depois de algumas instruções e de explicar um pouco como seria a rota, começamos a jornada que teria um total de aproximadamente 20 quilômetros (10 na ida + 10 na volta).
A primeira etapa do passeio é bem tranquila. Saindo de San Pedro do Atacama pedalamos por cerca de seis quilômetros até chegar à entrada da reserva conhecida como Catarpe.
Durante o caminho – que durou aproximadamente 50 minutos – atravessamos uma ponte improvisada sobre um riacho, passamos perto das Ruínas de Pukará de Quitor e paramos algumas vezes para tirar fotos e tomar água.
Uma vez na entrada do parque, é hora de pagar as entradas, utilizar banheiro caso necessário e pegar àquele fôlego para dar continuidade ao passeio de bicicleta no Atacama.
Dentro do parque o visual começa a mudar aos poucos. Montanhas começam ser avistadas, pequenas subidas são mais frequentes, até que – finalmente – começamos a pedalar bem no meio dos paredões rochosos.
Nessa hora, inclusive, não custa nada ficar mais atento ao caminho. Algumas passagens são estreitas, e, em outras ocasiões, abaixar o tronco fará com que você evite cabeçadas desnecessárias.
Apesar desse cuidado extra para não esbarrar nas rochas, o caminho dentro do parque também é bem tranquilo e não exige nenhuma habilidade especial. Foram mais quatro quilômetros de pedalada até chegarmos a um ponto onde não dava mais pra seguir com a bicicleta.
A partir de então iniciamos a segunda etapa do passeio: uma caminhada de aproximadamente 20 minutos, de pura subida, para chegarmos ao topo de um cerro onde uma vista privilegiada do deserto no aguardava.
Para mim, a subida andando me fez parar mais vezes para descansar do que a pedalada em si. Mas nada de muito exaustivo – até porque a caminhada não é das mais longas. Parando duas ou três vezes e diminuindo o ritmo consegui terminar sem grandes problemas.
Aliás, não há razão alguma para pressa pois a cada passo a vista vai ficando melhor!
Com a devida recompensa no alto da montanha, ficamos por cerca de 30 minutos curtindo aquele visual atacamenho, e começamos a jornada de volta a San Pedro do Atacama pelo mesmo caminho que fizemos na ida – só que mais rápido, afinal, pra descer todo santo ajuda!
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+ Dicas para o passeio de bicicleta no Atacama
» Não há motivos para se preocupar com o nível de dificuldade do percurso indicado. Este passeio de bicicleta pelo Atacama não exige nenhuma habilidade ciclística mirabolante.
Embora obviamente você tenha que fazer algum esforço físico, sabendo pedalar pode ir sem medo.
Além disso, a altitude por estas bandas é praticamente equivalente a de San Pedro. É claro que estar nas alturas costuma fazer com que a gente se canse mais depressa, porém, você não irá subir como em outros passeios que exigem uma aclimatação mais cuidadosa.
» Importante ir com roupa e calçado confortável.
» Leve bastante água, abuse do protetor solar e alguns lanchinhos na mochila não fazem mal a ninguém.
» O passeio que fiz com o pessoal da Fui Gostei Trips começa às 9hs e volta a San Pedro do Atacama por volta das 13h30, dependendo do ritmo do grupo. É um excelente horário para pedalar porque já não está tão frio, e o sol ainda não está escaldante.
» Preço do passeio: CLP 35.000,00 (aproximadamente R$ 250,00). Neste valor está incluído serviço de guia, bicicleta em ótimas condições e capacete de proteção.
» À parte do preço do passeio, para visitar a região do Catarpe é cobrada uma taxa de CLP 2.500,00 por pessoa (R$ 18,00). Esse valor é pago em dinheiro no próprio local durante o passeio. Se possível, leve trocado.
» CLP é o símbolo utilizado para representar o peso chileno. R$ 1,00 equivale a aproximadamente 140,00 pesos chilenos.
» Cupom de desconto: utilizando cupom VOLTOLOGO10 você terá 10% de desconto em todos os tours que contratar com a Fui Gostei Trips.
Portanto, não se esqueça de informá-lo no momento em que fizer a sua reserva.
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» Como o passeio dura apenas meio período, durante a tarde você pode aproveitar para fazer o passeio para a Laguna Cejar ou ao Valle de la Luna e Valle de la Muerte.
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*** A agência Fui Gostei Trips foi parceira do blog Volto Logo durante os passeios no Atacama. Porém, as opiniões aqui relatadas são livres e pessoais!