Dicas e roteiros de viagem pela América Latina

Por Murilo Pagani

Sobre a liberdade durante as viagens

Viajar é libertador, e isso muita gente já sabe. Aliás, é indiscutível a sensação de liberdade que sentimos ao chegar em um lugar desconhecido, sem planos, cobranças e com o único compromisso de aproveitar ao máximo – fazendo apenas o que gostamos e temos vontade.

Mesmo assim, tenho notado uma preocupação das pessoas em quererem se enquadrar em estilos de viagens que não são necessariamente os que mais lhe agradam. Se prendendo a determinados conceitos simplesmente para “serem aceitos” em grupos que jugam ser os mais cool do momento. E isso, no meu ponto de vista, acaba sendo uma tremenda furada.

Vou tentar explicar com mais clareza o quero dizer.  

Algumas vezes, já escutei frases do tipo: “Ah, mas se você foi pra Paris e não viu a Torre Eiffel, era melhor nem ter ido.” Ou então, “Ah, mas se você não foi no Cristo Redentor você não conheceu o Rio de Janeiro”.

Cuma?!?

Sério mesmo que você acha que conhecer determinado restaurante, ponto turístico ou fazer seja lá o que for é uma obrigação durante a viagem? Mesmo que você não tenha o menor interesse em fazer?

Se considerarmos questões relacionadas ao estilo de viagem de cada um, o papo vai ainda mais longe.

Adeptos de viagens mais econômicas defendem com todas as forças que hostel e Couchsurfing são opções muito melhores que os hotéis tradicionais.

Pessoas que viajam com pacotes turísticos, são vistas com olhar de desconfiança por quem  não gostam de viajar assim. E por aí vai…

liberdade para viajar

Montevidéu, no Uruguai

Vale lembrar que não há nenhum problema em você conhecer todos os lugares citados um guia de viagem, cumprir exatamente a risca o roteiro perfeito de quatro dias que algum blog recomendou, ou  viajar com alguma agência especializada para ter mais conforto e tranquilidade. Até porque, isso seria uma tremenda hipocrisia da minha parte.

O que eu quero que você entenda, é que você não tem a menor obrigação ou compromisso em conhecer esses 12 lugares incríveis na América Latina, que eu mesmo já recomendei aqui no blog, por exemplo.

Se acaso você decidir conhecê-los, que seja pelo fato de serem lugares que condizem com o seu gosto ou porque ao menos te pareceram interessantes à primeira vista.

O objetivo de blogs, guias, revistas e publicações de viagem é dar um norte na hora do planejamento da sua viagem. Eles podem te mostrar como uma cidade é, os lugares que você pode visitar e te inspirar a viajar para lugares que você nem sabia que existia.

Além disso, podem te explicar as vantagens e desvantagens que cada estilo de viagem  podem te proporcionar. E claro, chegar a uma conclusão daquilo que foi melhor ou não tão bom assim para ele.

Agora, a decisão em seguir determinada dica ou conselho, cabe somente a você, caro leitor – e isso é ótimo.

liberdade de viagem

Praia na Nicarágua

Leia também: 8 erros que cometi no meu primeiro mochilão

Cada um de nós temos nossos próprios gostos, preferências, orçamentos e diferentes experiências em um mesmo lugar. Portanto, apenas você  será capaz de dizer se está disposto a abrir mão de um quarto privado,  se mochila é mais prática do que  mala de rodinha, ou então, se viajar sozinho é melhor do que acompanhado.

Mas, para isso, é necessário estar aberto e disposto a testar todas essas opções, para ter certeza daquilo que mais te agrada e que é melhor para VOCÊ.

Lembre-se que não há certo ou errado, e muito menos obrigações. O que é legal para mim pode ser extremamente tedioso para você. E vice-versa.

Lembre-se de que não há problema nenhum em ficar de bobeira lendo um livro em um parque ao invés de visitar aquele lugar super famoso e recomendado por todos os guias de viagem.

Se você não estiver com vontade, simplesmente não vá. Liberte-se das amarras, obrigações e de tudo aquilo que você faz sem vontade, ao menos durante as suas férias.

Murilo Pagani
Introvertido de carteirinha com picos de sociabilidade quando necessário ou depois de alguns goles de cerveja. Queria saber escrever bonito, mas cultivo um enorme apego à desculpa de que sou originalmente de exatas para justificar a minha falta de dedicação em combinar as palavras uma depois da outra. Espero que entenda!
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